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Tecnologia e as Causas LGBTQIA+: como estão os avanços sobre o tema no mercado da TI?

Especial Dia do Orgulho LGBTQIA+

Por Júlia Fernanda Lemos Backes
Analista de Marketing da CIGAM Software de Gestão

Tecnologia e as Causas LGBTQIA+: como estão os avanços sobre o tema no mercado da TI?

Mesmo que mundialmente as celebrações do Orgulho LGBTQIA+ tenham se estendido para ao longo do mês de junho, foi no dia 28.06 que as primeiras movimentações iniciaram, ainda em 1969. Nós já falamos aqui no blog sobre a data, mas de forma resumida, o Dia Internacional do Orgulho LBTQIA+ estabeleceu-se em homenagem a onda de protestos conhecida como Rebelião de Stonewall, ocorrida em Nova York, nos Estados Unidos. Tais protestos foram organizados em favor dos direitos dos homossexuais, que na época eram frequentemente detidos por ‘conduta imoral’.

De lá para cá, muita coisa mudou - e que bom! Mas mantendo o pensamento realista em foco, é preciso acrescentar que, quando o assunto é mercado de trabalho, ainda temos um longo caminho para percorrer: segundo levantamento do LinkedIn em 2019, metade dos profissionais LGBTQIA+ do país já assumiram sua orientação sexual dentro do ambiente corporativo, mas apenas 32% deles disseram se sentir realmente acolhidos nas empresas, enquanto 35% admitiram ter sofrido algum tipo de preconceito velado ou até mesmo direto. Este último número se reflete também nas posições de liderança: apenas 13% dos respondentes afirmaram ocupar ou terem ocupado anteriormente um cargo de diretoria ou C-level.

Já no contexto do setor de Tecnologia da Informação, o mercado apresenta-se ainda mais hostil: de acordo com pesquisa da Universidade de Michigan, colaboradores da área de TI que se identificam com a causa LGBTQIA+ estão mais propensos a experimentar limitações de carreira, desvalorização profissional e até mesmo assédio.

Os ‘cases de sucesso’ da tecnologia
Embora os números estejam abaixo daqueles que um mercado plural de fato exige, existem exemplos significativos na área para se inspirar. Confira abaixo alguns líderes LGBTQIA+ presentes no segmento da tecnologia:

 

  • Jim Cook (Apple): Jim ocupou o cargo de CEO, que anteriormente era de Steve Jobs, em agosto de 2011, e assumiu publicamente sua homossexualidade em 2014.
  • Pedro Pina (Google):  Pedro chefia a área de soluções para agências, mas em termos sociais, também é responsável pelas políticas de diversidade e inclusão LBTQIA+ da Google. Em 2019, foi escolhido o líder LGBTQIA+ mais influente pela Outstanding.
  • Claudia Brind-Woody (IBM): Claudia é líder do Licenciamento Global de Propriedade Intelectual da IBM e uma das responsáveis pela Força-Tarefa Executiva Global da companhia para as causas LGBTQIA+.
  • Suzanne Timmons (Google): Suzanne comanda o time interno de suporte técnico da Google e gerencia o projeto ‘Pride at Google UK’, desenvolvendo planos estratégicos que garantem uma maior diversidade e inclusão na companhia. Assim como Pedro Pina, também já apareceu na lista de líderes LGBTQIA+ mais influentes da Outstanding, em 2020.

 

Mas e aqui na CIGAM?
Assumimos o desafio de trazer para a pauta da empresa o tema diversidade, no seu contexto geral, recentemente. Para o mês LGBTQIA+, especificamente, contamos em 2020 com a presença do Prof. Dr. Luiz Alexandre Cerveira e de Matheus Felippe (Relações Públicas pela UFRGS, pós-graduado em Diversidade e Práticas Inclusivas nas Organizações pela UniLaSalle, e mestrando em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Feevale), em uma live disponível em nosso canal no Youtube. Já para 2021, falaremos sobre o tema com o professor Geisson Homrich, em mais uma edição especial do Café com RH, projeto interno da Rede CIGAM.

Entendemos que assim como o restante do mercado de trabalho, estamos apenas no começo de uma longa jornada. Mas é extremamente relevante ressaltar que a diversidade nas empresas traz maiores resultados não apenas financeiros, mas também, e principalmente, na redução de conflitos, no engajamento dos colaboradores e no clima organizacional. E é isso que faz com que a pluralidade no universo corporativo seja uma causa pela qual valha à pena lutar.

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