
Indo na contramão da pandemia, o ano de 2020 foi de safra positiva para o Agronegócio. Mesmo diante das crises causadas pelo Covid-19, o segmento contou com um crescimento de 9% e uma expansão de 17,4% no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP). De acordo com o IBGE, a Agropecuária foi a única atividade econômica nacional a crescer no primeiro trimestre de 2020 e os bons ventos continuam. Em 2021, a estimativa é que o PIB do agronegócio brasileiro cresça 3% - o que ainda é expressivo diante do cenário econômico do país.
Para acompanhar todo este avanço e nova demanda, as empresas estão em busca de profissionais cada vez mais capacitados, processos ágeis, gestão facilitada e aumento da produtividade. É aí que o uso da tecnologia se torna um grande diferencial.
Inovações digitais e ciência de dados, sempre presentes no processo de Transformação Digital, são elementos importantes para a melhoria da eficiência das operações e, ao mesmo tempo, capacitação na tomada de decisão. No Agronegócio não é diferente. Conceitos como Agricultura 4.0, Big Data e IoT tem automatizado processos e análises de dados em larga escala, proporcionando dentro da produção agrícola:
- Melhoria na produtividade;
- Eficiência na utilização de insumos;
- Redução de custos;
- Aumento na segurança dos trabalhadores;
- Diminuição nos impactos ambientais causados.
Bacana, né!? Vamos então nos aprofundar no tema:
Agricultura 4.0 - o que é?
Também inserida dentro do cenário da Transformação Digital, a Agricultura 4.0 é a conexão de todos os sistemas em tempo real a partir do uso de Iot (Internet das Coisas), IA (Inteligência Artificial), Big Data, Advanced Analytics, Nano, Biotecnologia, entre outros. Ou seja, ela consiste na conexão de softwares e sistemas digitais diretamente às máquinas e exemplos disso podem ser vistos em:
- Uso Impressora 3D para repor peças de maquinário ou ferramentas;
- Uso de drones na detecção de pragas;
- Sistemas de irrigação por telemetria;
- Cultivo de plantas mais resistentes;
- Mapeamento de fertilidade do solo.
Além dos benefícios e práticas mencionados acima, o uso de Iot e Big Data fornece informações importantíssimas para o acompanhamento de todo o ciclo agrícola e para fazer a gestão de tudo isso, um ERP se faz necessário.
Por que investir em um sistema de gestão para o agronegócio?
Primeiramente, vamos partir do pressuposto que você já saiba o que é um ERP e como ele funciona. Se não souber, é só clicar aqui.
Voltando agora para o mercado de agronegócio, sabemos que ele é formado por quatro segmentos: agricultura, agropecuária, agroindústria (de base agrícola ou pecuária) e agroserviços (transporte, comércio e demais serviços).
Em relação ao ERP, o grande diferencial é possuir uma ferramenta de planejamento, otimizar a gestão do negócio e diminuir o tempo de trabalho. O uso de dashboards e a análise de dados se torna requisito básico para conseguir acompanhar a velocidade em que os cenários mudam e as estratégias precisam ser ajustadas. Na prática, os principais benefícios de um ERP são:
- Gestão dos contratos de compra com os fornecedores;
- Determinação de regras e características dos produtos no processo de recebimento, podendo impactar nos aspectos de valor e pesos recebidos;
- Rotina de importação do XML, com validação dos impostos a partir regra fiscal do produto;
- Criação automática de O.S. (preventiva, preditiva e corretiva);
- Controle de estoque por SILO e lotes;
- Rotinas de recebimento com integração via balança e acerto do peso por amostra (% de umidade, % de impureza, % de quirela);
- Determinação das etapas de fabricação de insumos e criação de animais para suas diversas finalidades;
- Geração e controle de ordem de produção, etapas, baixas, controle de qualidade através de código de barras.
Ou seja, combinar o uso de um sistema de gestão para o agronegócio com as tecnologias de ponta resulta em uma relação muito forte e fundamental para os produtores que visam se manter competitivos no mercado que mais cresce no país.
Fontes
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
As lições da transformação digital no agronegócio