Gestão estratégica da operação como primeiro passo para a jornada na Transformação Digital
O risco da Transformação Digital é a preocupação número 1 para CEOs, diretores e outros executivos seniores.
Por Marcelo Petry
Gerente de Suporte e Relacionamento da CIGAM Software de Gestão
De acordo com a Harvard Business Review (HBR), o risco da Transformação Digital é a preocupação número 1 para CEOs, diretores e outros executivos seniores. Atualmente 70% dos investimentos em Transformação Digital não têm conseguido os resultados esperados. O fato é que muito tem se falado a respeito do tema, e em especial diante do contexto que vivemos, é provável que você já esteja convencido da necessidade de avançar neste assunto. No entanto, apesar de muitos oferecem soluções com esta promessa, pouco se aborda sobre como trabalhar estas questões na prática.
Então, afinal, qual o primeiro passo desta jornada?
Uma vez entendido que a Transformação Digital é inevitável e que afetará o modelo do seu negócio, é importante desenvolver ações para entender como cada parte do ecossistema da organização pode ser afetada. Portanto, o primeiro passo é promover um trabalho com todas as áreas da empresa, envolvendo lideranças e área de TI, de forma que possam trabalhar juntas e alinhadas, sabendo onde ‘se está’ e onde ‘se quer chegar’, avaliando algumas etapas que passam pelo entendimento do nível de maturidade nos principais aspectos da jornada da Transformação, incluindo a cultura digital, engajamento das partes, empoderamento da equipe e grau de automação da empresa.
Com base nesta avaliação, é preciso desenvolver um trabalho de forma a preencher a lacuna entre a TI e as áreas de negócio, usando a análise de dados para avaliar processos, determinar requisitos e fornecer recomendações e relatórios orientados por dados para os decisores, afinal, quando falamos em Transformação Digital, estamos nos referindo à adoção de tecnologias disruptivas que estão transformando a maneira como o mundo corporativo conduz seus processos e interage com o mercado, e a forma como realiza negócios.
O que percebemos é que muitas vezes os gestores já contam com soluções e tecnologias que lhes permitem iniciar a jornada, mas não fazem uso pela falta de conhecimento dos recursos e/ou pela falta de tempo de alguém dedicado para este trabalho, especialmente quando a estrutura é enxuta, com equipe alocada 100% do tempo para as atividades operacionais da empresa.
Portanto, ao promover um trabalho com todas as áreas da empresa, envolvendo lideranças e área de TI, é fundamental ter alguém dedicado para esta tarefa, um profissional que possa atuar de forma proativa e não apenas reativa às demandas que envolvem a operação e as tecnologias disponíveis na sua empresa, de forma continuada. Afinal, o mundo está mudando o tempo todo e cada vez mais rapidamente.
Este profissional não é alguém para gerir pendências apenas, mas alguém que possa fazer a gestão estratégica da operação, melhorando processos e otimizando o uso do sistema, além de avaliar novas soluções e, assim, promover melhor integração entre áreas denegócio e maior produtividade da sua operação.
Um profissional que irá preencher a lacuna entre a TI e as áreas de negócio, usando a análise de dados para avaliar processos, determinar requisitos e fornecer recomendações e relatórios, obtendo informações mais assertivas para tomada de decisão ágil e com menos incertezas, o que diminui riscos, além de permitir uma operação com maior autonomia frente às mudanças necessárias, dando muita agilidade nos processos internos e na respostas aos clientes.
Enfim, para que a Transformação Digital inicie, é necessária uma mudança de visão das lideranças, além da construção de uma estratégia empresarial, para então, com o incentivo à inovação e ao uso da tecnologia adequada, fazer a mudança.
O primeiro passo é ter ao menos uma pessoa dedicada ao alinhamento TI-negócio, para a coordenação organizacional na qual os objetivos de TI são alinhados com os objetivos de negócio da organização, garantindo uma Transformação Digital adequada e que perpetue seu negócio na atual Revolução Industrial 4.0, que é a principal preocupações dos líderes, conforme já declarado no início deste artigo.