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O preconceito mascarado da LGBTfobia

Veja 8 expressões para entender e tirar do seu vocabulário agora mesmo!

Por Comitê da Diversidade CIGAM

O preconceito mascarado da LGBTfobia

É muito comum atualmente que pessoas declarem, principalmente nas redes sociais, que são contra qualquer tipo de discriminação.

Porém, para tornar a nossa sociedade mais acolhedora para as pessoas que pertencem às minorias - como é o caso da Comunidade LGBTQIAPN+, tema do nosso Comitê para 2023 - é necessário muito mais autocrítica e mudanças reais de hábitos!

 

Confira alguns pontos que separamos para você sobre como estarmos alertas às questões - ainda que sutis - de LGBTfobia!

 

LGB... O quê?

LGBTfobia é um conceito que abrange diversas formas de agredir pessoas que não são heterossexuais (referente à orientação sexual) ou cisgêneras (referente à identidade de gênero), fazendo com que ocorra diversos tipos de violências físicas e verbais. Porém, ao contrário do que muitos pensam, as atitudes LGBTfóbicas não se limitam a violências verbais ou físicas.

Não é porque uma pessoa não xinga ou bate em alguém deste grupo que ela não reproduz a LGBTfobia. Assim como em outras discriminações, como a racial, por exemplo, a LGBTfobia está enraizada nos comportamentos sociais e na forma como nossas crianças são educadas, e por isso muitas atitudes dessas podem passar despercebidas e continuam se perpetuando geração pós geração.

 

Por que os discursos LGBTfóbicos são agressões?

Discursos são poderosos. Tanto para o bem, quanto para o mal. E quando pensamos em LGBTfobia, os discursos preconceituosos são violências potentes para quem as sofre.

As falas discriminatórias são grandes responsáveis por sustentar a LGBTfobia na sociedade, formando pessoas preconceituosas que praticam ações como injúria, exclusão social, agressões físicas e até mesmo homicídios da comunidade LGBT.

 

Confira a seguir algumas falas que são comumente reproduzidas por grande parte das pessoas e que devem ser excluídas de uma vez por todas do vocabulário:

  • "Esse trabalho é para macho, não é para você"

Não existem ''trabalhos de homem'' e ''trabalhos de mulher''. Todas as profissões podem ser realizadas por todos os gêneros.

 

 

  • "Quando ou como você virou LGBTQIAPN+...?"

Nem de longe a orientação sexual é uma escolha! Ninguém vira ou aprende a ter ou a ser. A orientação sexual é intrínseca ao ser humano.

 

 

  • "Eu não tenho preconceito, mas?"

'Mas' é uma conjunção adversativa. Ou seja, o emprego de 'mas' após uma afirmação indica contradição do que foi dito anteriormente. Uma pessoa verdadeiramente sem preconceitos não relativiza sua opinião. Apenas respeita. Sem poréns.

 

 

  • "Quem é o homem ou mulher da relação?"

Essa frase tenta colocar as relações homoafetivas dentro do padrão heteronormativo.

Em uma relação entre pessoas do mesmo sexo, a ideia é, justamente, que não tenham pessoas do sexo oposto.

 

 

  • "Você nem parece LGBTQIAPN+?"

Ao dizer isso você até pode ter a intenção de elogiar alguém. Mas saiba que essa frase está longe de agradar essa pessoa. Ser gay, lésbica, bissexual ou trans não é algo negativo, então não há por que querer se desvencilhar deste grupo e querer parecer heterossexual. Além disso, essa frase também reforça a estereotipação das pessoas LGBTQIAPN+, buscando impor um determinado padrão de comportamento e aparência para elas.

 

 

  • "Tudo bem ser lésbica, mas precisa se vestir como homem?"

Não cabe a ninguém julgar ou questionar o que o outro veste. Uma mulher heterossexual, por exemplo, não precisa usar apenas vestidos. Cada um deve ter o direito de escolha sobre a própria vestimenta.

 

 

  • "Bissexuais ficam em cima do muro"

Errado. As pessoas bissexuais têm sua orientação sexual muito bem definida: se relacionam com todos os gêneros e isso não significa uma indecisão nem que ainda não tiveram coragem de expor a homossexualidade.

A violência contra este grupo é real e é muito importante que os discursos sobre a causa não sejam minimizados ou invalidados. Que a comunidade LGBTQIAPN+  tenha sempre a liberdade de exercer seus direitos enquanto cidadãos!

 

 

 

Fonte: catho.com.br

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