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O Mercado de Trabalho para a Pessoa com Deficiência

Desbravando o mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Descubra oportunidades, desafios e iniciativas inclusivas que transformam vidas profissionais.

Por Redação

O Mercado de Trabalho para a Pessoa com Deficiência

Em 03 de dezembro celebramos mundialmente o Dia da Luta das Pessoas com Deficiência. Porém, ainda que a data - criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) - tenha o objetivo de proporcionar uma maior conscientização em prol da equidade, igualdade e cidadania das pessoas com deficiência (PCD-s), segue notória a invisibilidade deste grupo em diversas esferas da sociedade - entre elas, a do mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa Expectativas e Percepções sobre o Mercado de Trabalho para PCDs, pessoas com algum tipo de deficiência encontram duas vezes mais dificuldades para entrar no mercado do que as que não têm. 

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 24% da população do país possui algum tipo de deficiência, o equivalente a 45 milhões de brasileiros – mas apenas 28% deste total encontra-se no mercado de trabalho, em oportunidades formais. Tal percentual baseia-se na Lei de Cotas, sancionada em 1991 e que garante a obrigatoriedade de empresas que possuem 100 ou mais funcionários preencherem entre 2 e 5% de seu quadro com PCDs:

 

  • Visões mais plurais passam a existir dentro da empresa, contribuindo para posicionamentos e decisões mais estratégicos;
  • Incentivo a uma gestão mais humanizada que favorece todos e tende a contribuir para a melhoria dos resultados da empresa;
  • Criação ou ampliação da acessibilidade física e tecnológica na empresa, o que pode atender também a clientes e parceiros que tenham alguma deficiência;
  • Melhoria da percepção de marca tanto pelo público interno quanto pelo público externo da empresa.

Na prática, no entanto, o ''mundo ideal'' apresenta-se bastante distante: em julho de 2019, por exemplo, o Brasil possuía mais de 750 mil postos de trabalho para PCDs, mas segundo o Governo Federal, somente 48% destas vagas estavam preenchidas por deficientes. Já de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), 93,48% só estão trabalhando devido à obrigação legal. Aqui, mostra-se um foco exclusivo no cumprimento das cotas e uma falta de preocupação com a inclusão real destes funcionários, uma vez que a acessibilidade e preparação do ambiente de trabalho para uma melhor recepção de PCDs no mercado ainda são assuntos pouco discutidos na maior parte dos ambientes corporativos. 

E na área de TI-

Ainda que a tecnologia se mostre uma aliada à acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, a contratação desta parte da população no segmento de Tecnologia da Informação é baixo. Conforme levantamento feito em 2021 pela Relevo, empresa especializada em recrutamento no setor de tecnologia, apenas 4% das contratações em empresas de TI são voltadas para candidatos com algum tipo de deficiência - sendo 76% desta fatia na área de desenvolvimento.

Quais são as vantagens de uma equipe mais diversa-

  • Visões mais plurais passam a existir dentro da empresa, contribuindo para posicionamentos e decisões mais estratégicos;
  • Incentivo a uma gestão mais humanizada que favorece todos e tende a contribuir para a melhoria dos resultados da empresa;
  • Criação ou ampliação da acessibilidade física e tecnológica na empresa, o que pode atender também a clientes e parceiros que tenham alguma deficiência;
  • Melhoria da percepção de marca tanto pelo público interno quanto pelo público externo da empresa.

Com números em crescimento, mas a passos lentos, é importante termos em mente que a deficiência não invalida a pessoa para qualquer tipo de trabalho. Investir na contratação destes profissionais traz não apenas os benefícios de uma equipe diversa, como também contribui para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária.

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