Muito tempo depois da Revolução industrial, que trouxe mudanças à sociedade europeia dos séculos XVIII e XIX e trouxe, como principal evolução, a substituição do trabalho artesanal pelo uso de máquinas e a introdução do modelo assalariado, vivemos uma nova era revolucionária. Estamos diante da Revolução Industrial 4.0, que vai muito além das máquinas, hoje inseridas no contexto de trabalho de todos os segmentos: este novo movimento tem a ver com dados. Muitos, muitos dados.
Sistemas de gestão, BI, CRM, e-commerce, e-banking, mobilidade, BYOD, Internet das Coisas. Tendências e gadgets não faltam para invadir o cotidiano atual, todos eles reunindo, gerando e trocando informações - eis o Big Data. E se falamos em dados, somos obrigados a falar em software. A camada de análise, de trabalho das informações. A ferramenta de otimização do conteúdo estocado nos dispositivos de trabalho, na infraestrutura computacional, no device móvel, na palma da mão.
A verdade é que o centro da questão não é o software, mas sim o uso que se faz dele. Aí é que mora a revolução. A oferta de software atual entrega possibilidades nunca antes vivenciadas em termos de produtividade, gestão e controle. Informação é poder, e a era da informação está instaurada e cada vez mais disponível, tornando as rotinas e processos das empresas mais simples.
Operações, clientes, sistemas, parceiros, fornecedores: toda interação, troca de experiência, contato, gera dados. Aí estão as redes sociais que não nos deixam esquecer disso. E com as possibilidades de tratamento destes dados trazidas pela indústria 4.0, chegamos a um ponto em que se torna fácil e rápido, por meio dos softwares adequados, acessar conteúdo sobre produção, andamento de ações, operações, aplicações, funcionários, clientes, prospects, mercados. É um oceano de possibilidades, muitas vezes, contido em um único sistema.
A Revolução 4.0 está em andamento. Não há escolha entre participar ou não: toda empresa está inserida neste movimento, e o melhor que tem a fazer é estudar ações, estratégias e investimentos certeiros para aproveitar todas as suas oportunidades.
Integração, tratamento e refinamento da informação - eis um dos trunfos da Revolução 4.0. Ferramentas que fazem com que as áreas da empresa conversem entre si, por exemplo, acabam com gargalos que podem atrasar os negócios. Dados integrados também facilitam o controle e evitam retrabalho. Além disso, se há centralização e bom tratamento das informações, dificilmente serão criados controles paralelos - a malfadada planilha - que, normalmente, atrapalham o andamento do trabalho e subutilizam sistemas complexos, inteligentes e, algumas vezes, caros.
Ter à linha dos olhos dados sobre todas as partes do negócio permite tomar decisões e definir ações certeiras sobre cada departamento. Isso resulta em uma operação assertiva, bem gerida, voltada à minimização de erros e ao ganho de competitividade.
Informação é, portanto, um dos mais importantes insumos das corporações atuais, e o principal elemento da Revolução 4.0. E se esta tal revolução traz benefícios, traz também desafios: até 2020, a IoT conectará 212 bilhões de objetos à web, segundo o IDC, o que aumentará muito o tráfego, exigindo ampliação das infraestruturas de rede, processamento e armazenamento, além de demandar segurança.
O boom de recursos tecnológicos desta revolução endereça novas opções para companhias de todos os portes. Analisar as ofertas, mapear todos os dados, processos e documentos da casa, desenhar um plano de negócios pautado em inovação e crescimento - eis a chave para participar deste movimento de forma ativa e bem sucedida.