O Empoderamento Feminino no Universo da Tecnologia

8 de março: Dia Internacional da Mulher. A data, que por um longo período foi caracterizada com apelos celebrativos, vem aos poucos retomando suas origens de reivindicação e propondo reflexões importantes quanto ao papel das mulheres e aos direitos que cabem a elas em todas as esferas da sociedade.

Com isso, discussões sobre equidade de gênero têm assumido espaços cada vez mais relevantes dentro do mercado de trabalho, e nas áreas de Tecnologia da Informação, claro, isso não seria diferente. No entanto, dados comprovam que ainda há muito para ser feito quando o assunto é a relação igualitária entre homens e mulheres na TI: de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a presença feminina em cursos de carreiras técnicas é de apenas 34%, e a representatividade do gênero em empresas do segmento é ainda menor: cerca de 20%. Sobre fatores como remuneração, segundo pesquisa da Revelo (empresa de tecnologia para recursos humanos), mulheres recebem 23% menos que os homens no segmento de TI. Já em relação a posições de liderança, homens chegam a ocupar até 92% dos cargos de chefia em determinados setores, a exemplo da área de desenvolvimento.

Para estes números, existem porquês:

Acredita-se que a baixa aderência de mulheres em áreas voltadas para tecnologia está associada à dificuldade que elas encontram em entrar em um mercado dominado por homens e provar a qualidade de seus trabalhos em comparação com o trabalho masculino, conquistando assim credibilidade. 

Além disso, existe também um ponto crucial: a infância. Meninos ainda dispõem da forte tendência de serem incentivados, mesmo que inconscientemente, a interagir com brincadeiras relacionadas à ciência e matemática, enquanto meninas deparam-se com atividades voltadas para a casa e cuidados, como a maternidade.

Ainda que exista um longo caminho pela frente, muitas grandes empresas do segmento já entenderam a importância da diversidade nas equipes, principalmente nos cargos de liderança, já que instituições com líderes mulheres podem encontrar números até 20% melhores em seus resultados (segundo dados da Organização Internacional do Trabalho - OIT). É o caso de IBM, Facebook, Netflix e Google. Confira abaixo as 4 principais líderes destas gigantes na tecnologia: 

Enfim, é importante frisar que não existe mudança se não houver um grande grupo que a defenda. E quando falamos sobre equidade de gênero, falamos principalmente sobre a evolução de uma cultura que hoje afeta todos nós, homens e mulheres. Portanto, cabe também a todos nós, como indivíduos, compreendermos a importância do movimento, nos mantermos abertos ao aprendizado e fazermos a nossa parte na busca por um mundo - não apenas corporativo - cada vez mais justo e equalitário.