Instalada em uma área de 10 hectares, localizada em Floriano, no Piauí, uma das fábricas pioneiras na produção de biocombustíveis no Brasil ficou quase uma década parada e retomou operação em 2020, após ser adquirida pelo grupo Unibras.
Foram necessários R$ 60 milhões em investimentos na modernização e readequação da planta antes da usina voltar a funcionar, com capacidade para produzir 300 mil litros de biodiesel por dia e cerca de 90 milhões de litros por ano - o equivalente a 15 mil m³ por bimestre, 7,5 mil m³ por mês.
Hoje, a manufatura conta com 86 funcionários gerando em torno de 300 empregos indiretos, o que inclui produtores de matérias-primas locais, especialmente óleo de soja e óleo algodão, necessárias para a fabricação de biodiesel. Trabalhar com insumos comprados dos pequenos agricultores regionais levou a usina a se qualificar para o Selo Combustível Social, que garante à Unibras benefícios na participação dos leilões da ANP e Petrobrás.
Para suportar uma operação tão complexa, que inclui desde compras de insumos a entregas programadas de combustível, a companhia optou pelo sistema de gestão CIGAM e já mensura ganhos.
‘Diariamente, emitimos até 15 notas e cada carregamento demandavá até uma hora. Hoje ganhamos produtividade porque é possível faturar uma nota em poucos minutos’, explica o supervisor contábil da Unibras, Luiz Santos.
Santos conta que cada caminhão de biodiesel sai para entrega com três notas fiscais e, anteriormente, o processo era manual e trabalhoso. ‘Enquanto outras empresas ‘penam’ para faturar 10 notas por dia, a gente faz isso rapidamente’, ressalta.
Automatização de rotinas
Otimizar o fluxo de caixa era outra necessidade, especialmente no âmbito tributário. Nesse cenário, o módulo financeiro CIGAM automatizou as tarefas relacionadas ao controle de contas a pagar e a receber e ainda aumentou a confiabilidade aos cálculos de impostos e tributos, reduzindo erros e evitando o retrabalho. ‘Antes demorávamos em torno de três dias para validar um Sped. Hoje a tarefa é realizada em 1/3 do tempo’, acrescenta o executivo.
Outro gargalo, segundo o supervisor contábil, era a gestão dos fornecedores de matérias-primas, dos orçamentos ao recebimento dos insumos. Com a automação do processo, a Unibras ganhou mais força na hora de decidir com quem negociar e passou a ter total controle das ordens de compras.
"Quando identificamos o faturamento pelo fornecedor, conseguimos planejar a produção, porque a partir da emissão da nota sabemos que o caminhão já está rodando e podemos nos antecipar ao recebimento da mercadoria", diz.
Santos ainda evidencia, como vantagem, que o trabalho em nuvem reduziu custos com servidores e isso foi decisivo para a escolha da CIGAM. Mas, ao longo da operação, outros benefícios foram surgindo. Para ele, a estabilidade das soluções e o atendimento pós-venda são diferenciais que definiram a expansão da parceria com a empresa gaúcha para a nova fábrica de biodiesel da Unibras, que está sendo construída em Santo Antônio do Pauá, no Pará.
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